quarta-feira, 10 de junho de 2009

FIM

O Curso de Educação e Formação de Adultos de nível secundário, terminou
...
Parabéns a todos! Viva!!
O blogue manter-se-á activo (assim como o email) e aberto a todos aqueles que queiram continuar a participar.

sábado, 9 de maio de 2009


Visitem o meu blog. :):):)

Dar cor à vida

Sou esponja de percepções,
tenho artístico olhar.
Leio, vejo tv, passeio,
até conseguir criar.

É o meu jogo de cartas,
em deambular silencioso.
Transformo tudo em letras,
e o meu viver deixa de ser misterioso.

texto de João Rodrigues.

A escrita surge como uma das várias formas artísticas que utilizo para me expressar e dar a conhecer o "meu mundo de fantasia" ; por isso, criei o meu blogue,

Aguardo pela vossa visita.
Obrigado.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Apresentação

Não posso viver sem:
minha filha;
meus familiares;
meus amigos.
Coisas que gosto em mim:
alegria;
gosto pela vida.
Virtudes que os outros me reconhecem:
estar sempre a brincar;
O que mais gosto nos que me são importantes:
honestidade;
amizade;
companherismo.
Momentos felizes da minha vida:
minha despedida do Brasil junto aos meus amigos;
o nascimento da minha filha.
Cheiros que gosto:
cheiro de bebés;
cheiro da terra molhada depois da chuva.
Um livro importante na minha vida:
Onze minutos
Um filme que gosto muito:
Dirty Dancing (assisti 48 vezes)
Pessoas que admiro:
minha mãe;
minha avó materna;
O que me lembra...
surpresa...
paraíso...férias no Brasil
branco...passagem de ano
linhas...
construção...familía
porto...abrigo
animal...cão
janela...saída
silêncio...preciso
fantasma...medo
altura...baixa

sábado, 21 de março de 2009

Poetando a 21 de Março


Gosto dos que não sabem viver,
dos que se esquecem de comer a sopa
((Allez-vous bientôt manger votre soupe,
s... b... de marchand de nuages?»)
e embarcam na primeira nuvem
para um reino sem pressa e sem dever.

Gosto dos que sonham enquanto o leite sobe,
transborda e escorre, já rio no chão,
e gosto de quem lhes segue o sonho
e lhes margina o rio com árvores de papel.

Gosto de Ofélia ao sabor da corrente.
Contigo é que me entendo,
piquena que te matas por amor
a cada novo e infeliz amor
e um dia morres mesmo
em «grande parva, que ele há tanto homem!»

(Dá Veloso-o-Frecheiro um grande grito?..)

Gosto do Napoleão-dos-Manicómios,
da Julieta-das-Trapeiras,
do Tenório-dos-Bairros
que passa fomeca mas não perde proa e parlapié...

Passarinheiros, também gosto de vocês!
Será isso viver, vender canários
que mais parecem sabonetes de limão,
vender fuliginosos passarocos implumes?

Não é viver.
É arte, lazeira, briol, poesia pura!

Não faço (quem é parvo?) a apologia do mendigo;
não me bandeio (que eu já vi esse filme...)
com gerações perdidas.

Mas senta aqui, mendigo:
vamos fazer um esparguete dos teus atacadores
e comê-lo como as pessoas educadas,
que não levantam o esparguete acima da cabeça
nem o chupam como você, seu irrecuperável!


E tu, derradeira geração perdida,
confia-me os teus sonhos de pureza
e cai de borco, que eu chamo-te ao meio-dia...

Por que não põem cifrões em vez de cruzes
nos túmulos desses rapazes desembarcados p'ra morrer?

Gosto deles assim, tão sem futuro,
enquanto se anunciam boas perspectivas
para o franco frrrrançais
e os politichiens si habiles, si rusés,
evitam mesmo a tempo a cornada fatal!

Les portugueux...
não pensam noutra coisa
senão no arame, nos carcanhóis, na estilha,
nos pintores, nas aflitas,
no tojé, na grana, no tempero,
nos marcolinos, nas fanfas, no balúrdio e
... sont toujours gueux,
mas gosto deles só porque não querem
apanhar as nozes...

Dize tu: - Já começou, porém, a racionalização do trabalho.
Direi eu: - Todavia o manguito será por muito tempo
o mais económico dos gestos!

*

Saber viver é vender a alma ao diabo,
a um diabo humanal, sem qualquer transcendência,
a um diabo que não espreita a alma, mas o furo,
a um satanazim que se dá por contente
de te levar a ti, de escarnecer de mim...


Alexandre O´Neill


sexta-feira, 20 de março de 2009

Inconformismo

Imposição, sinal de partida,
sossego, rodopio o pensar.
Nego, adultéro, justifico,
desafio, continuo a lutar.

Alusão sentimental,
imobiliza o pensar.
Catatónico nos membros,
aspiração para amar.

Enche o peito de alegria,
é ver os olhos brilhar.
A alegria tem sua cor,
para a tristeza basta a luz apagar.

Autor das quadras: João Rodrigues

Alegria no trabalho

Está na hora do sair,
momento de acabar.
Ficar depois da hora,
ferramentas arrumar.

Sujidade como medalha,
sujidade na pele entranhada.
Alimentas corpo cansado,
tiras a t-shirt suada.

Autor das quadras: joão Rodrigues

T-shirt preta com dizeres

Interior transformação,
diferente exterior parecer.
Emoção nova experimentar,
a cada seguinte amanhecer.

Catarse de empregos formais,
em angústias recalcada.
Tira-se a gravata,
deixa-se crecer a barba.

T-shirt preta com dizeres,
pulseira punk no braço.
jeans rotos no joelho,
mais café ,tenho olho baço.

Autor das quadras. João Rodrigues

Ego

É a ponta do iceberg,
mas markting inconclusivo.
Seu tamanho é maior,
mas grande parte está escondido.

Iceberg derretido,
do mundo medo tem.
Igual a semi-frio temporário,
que não intimida ninguém.

Autor das quadras: João Rodrigues

Resíduos Perigosos

Gerir os resíduos,
não os deixes acumular.
À outras soluções,
melhores do que os aterrar.

Levar resíduos para tratamento,
pois acumular não pode ser.
Além de ocupar espaço,
um incêndio pode acontecer.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Porto seguro

Alojo-me nos teus braços,
como em porto seguro.
Farto de tanto mar,
Farto de trabalho duro.

Não tenho nada para dar,
fico a olhar para ti.
Agradeço a tua ajuda,
Por cuidares de mim.

Autor das quadras: João Rodrigues

Acaso artistíco

Maquilhagem natural,
de sonhador inverterado.
Remela no olho,
cabelo desalinhado.

Acaso artístico,
para antigo sonhar.
Parece pessoa volátil,
mas integra no pensar.

Equilíbrio de formas,
o acaso artístico.
Contraste de sentires,
paradoxo místico.

Ritmo sem qualidade,
momento sem emoção.
A força desvanece,
só dor, comida e colchão.

Autor das quadras: João Rodrigues

Metástases de dor

O corpo prende-se em posição,
a mente quer movimento.
Encanhado na acção,
furioso no pensamento.

Com ódio ou não,
alimentas a contenda.
Cumpres objectivos,
viras a folha da agenda.

São metástases de dor,
quero é gritar.
Aquilo que é silencioso,
tenho de libertar.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Montras e etiquetas

Errático andar,
sem destino aparente.
Explosão de sentires,
tornar o sangue quente.

Combustão bioquímica,
biónica locomoção.
Ver montras e etiquetas,
sem aparente tostão.

Autor das quadras: João Rodrigues

Diz-me onde errar

Penso assim, pensa diferente,
diz-me onde errar.
Destroi-me a obra de arte,
interrompe-me o sonhar.

Tira-me aos gritos da cama,
com cataclismo imaginado.
Esfrangalha-me os nervos,
rir irónico desconsolado.

Destroi o difícil,
em inveja comodista.
Faz tu tambem igual,
sê ao menos copista.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Feminidade

Diriges-me a palavra,
em tom de desafio.
Inclinas a cabeça para a frente,
com rosto severo e frio.

Tua feminidade está nas coxas,
sem cara de agradar.
Máscula és de certeza,
contigo não quero ficar.

Autor das quadras: joão Rodrigues

A felicidade espreita

Monopolizas a felicidade,
diverge o meu pensar.
Corro atrás das respostas,
mas as perguntas estão sempre a mudar.

A felicidade espreita,
mas tu não a queres ver.
Olhas para o lado,
ignoras o acontecer.

Autor das quadras: João Rodrigues

Intenção de cativar

Beleza efémera mostras,
em intenção de cativar.
Eu não vou nessa,
pois o corpo está sempre a mudar.

Não sei o que sentir.
Não sei o que pensar.
Hipoglicémico para raciocínios.
Hipocondriaco para amar.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Tempo de Natal

Abro a carteira,
nem metal, nem papel.
Pesado apenas só,
de recibos de papel.

Pensar á margem,
flor em deserto.
Olhas ao longe,
mas a solução está perto.

Fujo ao dormir,
em insónia emocional.
Em Dezembro emoções únicas surgem,
próprias do tempo de Natal.

Autor das quadras: João Rodrigues

Vida idilíca

Loira por opção,
morena por nascimento.
Procuras rapaz rico,
que te dê sustento.

"Non fare niente",
teu lema ambicioso.
Sonhas vida idilíca,
ao lado do teu namorado.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Tesouro guardado

Do teu canto imaginas o mundo.
Sorris ao viajar.
Mas no final da viagem,
voltas ao teu lugar.

Num pensar só teu,
qual tesouro guardado.
Pensas a vida em grande,
mas só a vives um bocado.

Autor das quadras: João Rodrigues

Simbiose cooperação

Trocam-se beijos e abraços,
em fraternal comunhão.
Faz-se tréguas a disabores,
e pedidos de perdão.

Falsidade relacional,
simbiose cooperação.
Se um dia se zangam,
caem as paredes ao chão.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Óbidos-estágio 2008

Cansado chego ao cimo,
ainda com 8 horas pela frente.
Trabalho na casa mourisca,
a aprender a ser gente.

Tenho de aprender espanhol,
e italiano tambem.
O alemão fica para mais tarde,
agora o inglês está-se bem.

Vi estrangeiros, vi exposições,
e mouros na medieval.
Óbidos é animado,
o que será no carnaval.

Do D.Afonso ao D.Dinis,
Do Lidador ao Bubas Bar.
já não sei onde comer,
mas 10 euros tenho de levantar.

Obrigado diz-se sempre,
quer compre ou não.
Se não vender o Renato,
então vende o joão.

O cliente pede informação,
nós damos visita guiada.
Explicamos a ceramica,
mas não paga a entrada.

Não vi praia, não vi mar,
mas vi peixes a toda a hora.
Agora estou a beber,
porque está na hora de ir embora.

Autor das quadras: João Rodrigues

Vira o jogo do avesso

Se não somas vitórias,
se a tua ansia te consome.
Então vira o jogo do avesso,
nem que tenhas de passar fome.

Na busca do limite,
sobrevives a qualquer custo.
Ficas na vida mais vivo,
tomas a fome como um susto.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Medo da alegria

Dias e noites passaram,
muita água correu.
Já não sou o mesmo!
O que é que me aconteceu!?

Olhar distante e sisudo,
mas de abstrata euforia.
Vivo com os passos contados,
e com medo da alegria.

O que mais alcançar?
Quero é viver contente.
Viver o dia-a-dia,
e dar-me bem com toda a gente.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Polaroide existêncial

Quero-te agora,
com suor de ferormona.
Com roupa de trazer por casa,
quem o diz é a testerona.

Tua pele, magnetizada e louca,
desmagnetiza-me a agulha do norte.
Acabam-se os problemas existênciais,
e deixo de pensar na morte.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Palavra passe

Qual a palavra passe,
que abre o teu coração.
O meu já está aberto,
e espero que não digas não.

Cortejo-te com poesia,
olhando-te em espectativa.
Desce uns degraus até mim,
não sejas tão altiva.

Quero tocar tua pele,
fazer-te real para mim.
Deixar o amor platónico,
e ao amor fisíco dizer sim.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Um caminho a percorrer

A cerâmica é um mundo,
que estou a descobrir.
Das tintas de água aos vidrados,
peça chacotada vou cobrir.

Mete-se a loiça no forno,
e seleciona-se a temperatura.
Amanhã é outro dia,
com a surpresa da cozedura.

Anda tudo em alvoroço,
com trabalhos para fazer.
Os artistas não nascem feitos,
á um caminho a percorrer.

Frustação não é futuro,
e a ampulheta está virada.
À que mudar de rumo,
à que fazer-me á estrada.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Amolgadelas e condecorações

A vontade o coração o diz,
em silêncio introspectivo.
Faço das fraquezas forças,
e fortaleço espirito combativo.

A armadura da vida,
tem amolgadelas e condecorações.
Mas é precisso seguir em frente,
e deixar para trás frustações.

Autor das quadras: joão Rodrigues

Devagar sem alvoroço

Do lado de fora da porta,
ensaio a minha aparição.
Tua imagem visualizo,
apareçes de roupão.

Procuro transparencias e forças,
em teu corpo jovial.
Tento ler nas entrelinhas,
a tua exitação carnal.

Olha o sol domingueiro,
já é hora do almoço.
O dia começou tarde,
devagar sem alvoroço.

Que causa abraço,
e que me leva á exaustão.
È 8 ou 8O,
è a personalidade do João.

Quero mesa farta,
ou dieta gourmet.
Hoje tenho dinheiro,
amanhã logo se vê.

Autor das quadras: João Rodrigues

Praia em Setembro

Vim á praia em Setembro,
encontrei sitio para estacionar.
Já se foram embora os bikinis,
ficaram as gaivotas a grasnar.

E o marulhar do mar prolonga-se,
no ondular da vegetação.
Está algum vento,
mas mesmo assim á gente de calção.

Autor das quadras: João Rodrigues

Olhares fugitivos

Rosto quadrado,
estou a sorrir.
Estou enamorado,
não quero partir.

Procuram-se os olhos,
em olhares fugitivos.
Olho para eles,
para os ter cativos.

Calma sedução,
feita de enércia espera.
O exterior está calmo,
mas o interior acelera.

Autor das quadras: João Rodrigues

Leva-me pela mão

Seduz-me com o olhar,
tira-me desta indecisão.
Não me deixes sozinho,
leva-me pela mão.

Vem ver o mar,
dois azuis e um horizonte.
Dois corpos abraçados,
e um mirone no monte.

Leva contigo uma lembrança,
para o teu escritório sisudo.
Nas hores de stress,
lembra-te do rizonho pançudo.

Autor das quadras: João Rodrigues

sábado, 14 de março de 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

Desde a antiguidade que o número 13 tem sido considerado como um mau agoiro. Filipe da Macedónia, depois de ter juntado a sua estátua à dos Doze Deuses maiores, durante uma procissão, morreu assassinado pouco depois no teatro.
Na última refeição de Cristo com os apóstolos, a Última Ceia, os presentes eram treze. A Cabala enumerava 13 espíritos do mal. O 13º capítulo do Apocalipse é o do Anticristo e da Besta.
No entanto, o décimo terceiro num grupo aparece, também na antiguidade, como o mais poderoso e o mais sublime. É o que acontece com Zeus no cortejo dos doze deuses, no meio dos quais ele se senta ou caminha, como um décimo terceiro, segundo Platão e Ovídio, distinto dos outros pela sua superioridade. Ulisses, o décimo terceiro do seu grupo, escapa ao apetite devorador do Ciclope.
Na aritmo-simbologia de Allendy, este número representa um princípio de actividade 3 exercendo-se na unidade de um todo 10 que o contém e que, por conseguinte, o limita. Treze corresponderia a um sistema organizado e dinâmico, mas determinado e particular, e não universal; seria, de alguma forma, a chave de um conjunto parcial e relativo. Assim, R. Schwaller, interpreta-o como a força geradora, boa ou má. Pelos seus limites estáticos (o decenário estático) e dinâmicos (o ternário activo), o 13 marca uma evolução fatal em direcção à morte, em direcção à realização de um poder, dado que este é limitado: esforço periodicamente interrompido. De uma forma geral, o 13, como elemento excêntrico, marginal, errático, afasta-se da ordem e dos ritmos normais do universo: do ponto de vista cósmico, a iniciativa do 13 é antes de mais, má,porque a acção da criatura – não harmoniosa com a lei universal – só pode ser cega e insuficiente; serve para a evolução do indivíduo, mas agita a ordem do macrocosmos e perturba o repouso; é uma unidade que agita o equilíbrio das várias relações do mundo (12+1) (ALLS, 359).
Número sagrado fundamental na astronomia, no calendário e na teologia dos antigos mexicanos: os treze deuses e o deus treze no Popol-Vuh; o Sol no zénite e as doze estrelas; os doze deuses das chuvas, o primeiro, ou grande deus do céu*: a Décima terceira regressa… é ainda a primeira. E é sempre a única, ou o único momento. Pois tu és rainha, oh tu! A primeira ou última… (Gérard de Nerval). É neste sentido que é preciso interpretar a Morte, décimo terceiro arcano maior do Tarot: não significa um fim, mas sim um recomeço após a conclusão de um ciclo: 13 = 12 + 1.
Para os Astecas, é o número do próprio tempo, aquele que representa o fim da série temporal. É associado ao número 52, o século asteca (13 x 4), a ligação dos anos pela duração dos sóis. O primeiro e quarto sol, que duraram 676 anos cada um, são os mais perfeitos, dado que eles contêm apenas dois números: 13 x 52 = 676.
Treze dias é também a duração da semana asteca.
De uma forma geral, este número corresponde a um recomeço, com este matiz pejorativo de que se trata mais de refazer qualquer coisa do que de renascer. Representa, por exemplo, o perpétuo subir da montanha de Sísifo, ou o tonel, impossível de encher, das Danaides.

in Dicionário dos Símbolos

domingo, 8 de março de 2009

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Não fujas de mim a correr

Não fujas de mim a correr,

sem antes esclarecer,

o que tenho andado a pensar.


Ès moça nova e valente,

ès enérgica e sorridente,

quero-te pedir para namorar.


Podes recusar agora,

dizer que te vais embora,

dizer simplesmente não.


Diz antes que vais pensar,

no pedido para namorar,

assim não desgostas o João.


Criança alegre

É artista condenado,
a seu mundo louco.
Todos lhe viram as costas,
fala até ficar rouco.

Chegado ao fim do dia,
de grande imaginação.
O artista está triste,
ninguém lhe deu atenção.

Ficou criança alegre,
e o ouviu a divagar.
A criança compreende,
porque vive esse lugar.

Medo propulsor

Tenho medo mas sigo em frente,

agitando a bandeira da coragem.

Tento não olhar para trás,

preferindo acreditar na miragem.



Sem GPS,nem búlsola,

sigo apenas por instinto.

Tento manter-me lúcido,

e escrever no diário o que sinto.



O comformismo não quero,

o comforto tambem não.

Quero continuar esta caminhada,

nem que tenha de fazer serão.



Prolongo o dia em insónias,

pois trabalho é responsabilidade.

Quero dar o meu melhor,

Quero voto de credibilidade.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

a nossa historia de vida...gonçalo constantino

os meus afectos:
familia
amigos
a casa onde vivo
não posso viver sem...
musica
praticar desporto
expandir e aprofundar conhecimentos
3 coisas que gosto em mim
acordar bem disposto
ambição
facilidade de adaptação
3 virtudes que m reconhecem
camaradagem/solidário/honesto
o que mais gosto nos q me são importantes
amizade/entre ajuda/franqueza
coisas importantes para mim
desportos motorizados/convivio com os verdadeiros amigos
3 momentos felizes
quando tirei a carta de condução/o regresso dos meus tios a portugal/o nascimento do meu sobrinho
2 cheiros
gasolina/baunilha
3 habitos
a preocupação da perfeição/levantar cedo(bons)
3 pessoas que admiro
pai/tia/jose gomes
surpresa uma festa
paraiso sonho
branco pureza
linhas costura
construção de um pais melhor
limites o céu
porto de pesca
animal todos nós
janela abertura para o mundo
silêncio reflexão
fantasma desconhecido
altura salto

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Apresentação João Rodrigues :)

Os meus afectos: caminhar/ programação tv2/ caderno "moleskine".

Não posso viver sem... folha de papel/ caneta "bic"/ espelho.

3 coisas de que gosto em mim: criatividade/ curiosidade/ resistência fisíca.

3 virtudes que os outros me reconhecem: lutador/ espirito de grupo/ honestidade.

O que mais gosto nos que me são importantes: humor/ empreendorismo/ saber trabalhar em grupo.

3 momentos felizes ao longo da minha vida: curso de Cerâmica Criativa/ acampamento da Juvebombeiro/ estágio de Judo em Coimbra.

2 cheiros preferidos: canela/ queijo derretido.

Um livro importante na minha vida: "Em nome da rosa" Umberto Eco.

Filmes de que gostei muito: "Into the wild"-Lado selvagem/ "Finding Neverland"-À procura da Terra do Nunca.

3 habitos bons: curiosidade/ arrumação/ escrever sobre várias coisas.

3 habitos maus: ter medo do sucesso/ descontrole financeiro/ isolar-me socialmente.

3 pessoas que admiro: a minha Mãe/ Tia Avó Materna/ Madre Teresa de Calcutá.

significado pessoal:

Surpresa-algo não controlado; Paraíso-os meus pensamentos; Branco-boas energias; Linhas-escrita; Construção-"brainstorming"; Limites-frustação; Porto-segurança; Animal-instintos; Janela-curiosidade; Silêncio-refúgio; Fantasma-passado; Altura-instabilidade.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Dia dos namorados


Leio o amor no livro
da tua pele; demoro-me em cada
sílaba, no sulco macio
das vogais, num breve obstáculo
de consoantes, em que os meus dedos
penetram, até chegarem
ao fundo dos sentidos. Desfolho
as páginas que o teu desejo me abre,
ouvindo o murmúrio de um roçar
de palavras que se
juntam, como corpos, no abraço
de cada frase. E chego ao fim
para voltar ao princípio, decorando
o que já sei, e é sempre novo
quando o leio na tua pele.

Nuno Júdice

14 de Fevereiro

Texto extraído do livro Tempo e Contratempo, ed. O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, publicado com o pseudónimo de Vão Gogo, disponível em http://www.releituras.com/millor_poesia.asp (adaptado para português europeu)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Apresentação Tania Santos

Os meus afectos:

- a minha família

- o meu namorado

- os meus animais

Não posso viver sem…

- chocolates

- musica

- passear

Três coisas de que gosto em mim:

- os meus olhos

- a minha forma de ver as coisas

- a forma de conseguir ajudar os outros

Três virtudes que os outros me reconhecem

- saber perdoar

- ser amiga do amigo

O que mais gosto nos que me são importantes

- a sinceridade

- a amizade

- a honestidade

Três momentos felizes ao longo da minha vida

- o nascimento do meu primo João Pedro

- conhecer o meu namorado

- saber que vou ser tia madrinha

Dois cheiros preferidos

- cheiro das rosas

- cheiro da natureza

Um livro que tenha sido muito importante na minha vida:

- a cidade dos deuses selvagens de Isabel Allende

Um filme que tenha gostado muito

- gostei muito do Bolt em 3D

Três hábitos (bons e maus) que tenho:

- dormir muito

- comer muitos doces

Três pessoas que admiro

- os pais

- a irmã

- o namorado

  • surpresa – prendas
  • paraíso – descanso
  • branco – paz
  • linhas – caminho de ferro
  • construção – legos
  • limites – auto-estrada
  • porto – barcos
  • animal – cavalo, golfinho
  • janela – paisagem
  • silencio – sossego
  • fantasma – escuro, medo
  • altura – bungee jumping

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Bom fim-de-semana!

Eu vou passar o meu a dançar... aqui!
Bom fim de semana.



quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A Minha Língua




Número 88 · 6-19 de Julho de 2005 · Suplemento do JL, Nº 907, Ano XXV


A minha amorosa relação com a língua portuguesa

Ensinando a língua e a literatura portuguesa durante seis anos em universidades francesas, aprendi a conhecê-la em muitas das suas peculiaridades e segredos, sintáctica e semanticamente. Mas foi sobretudo no meu trabalho de escritor, como ficcionista e ensaísta, que pouco a pouco fui estabelecendo com ela uma cada vez maior intimidade amorosa.
Uma língua é um organismo vivo, sempre em mutação, com a sua índole, a sua psique própria, em permanente sintonia com as vicissitudes e as transformações do povo (ou dos povos) que a falam.
Para exprimir todos os matizes do pensamento e da sensibilidade das personagens que criei como romancista, em sua visão do mundo, mergulhei profundamente no âmago da língua portuguesa, na riqueza do seu léxico e da sua gramática. Fui conquistando um estilo meu, a minha língua de autor, e muito cedo descobri que a manipulação da palavra, certas formas de transgressão e inovação, certas metáforas e extensões de sentido fazem parte do ofício do romancista e do poeta. E que a analogia é uma fonte permanente de renovação da língua.
É claro que me doem certos barbarismos que hoje ouço constantemente e são fruto em boa parte dos movimentos migratórios do povo português e da subcultura da televisão, muito afectada pelo bom e sobretudo pelo mau das telenovelas brasileiras.
Tento por vezes corrigir aos meus alunos expressões como mete aí em cima da mesa, em vez de põe aí em cima da mesa, ou dá a ela por dá-lhe, que já são hoje correntes; bem como o desaparecimento da separação da preposição e do artigo no início de orações infinitivas (praticado mesmo nos jornais), como em se tiveres da alertar por se tiveres de a alertar. Há mesmo escritores com talento e nome firmado que cometem sistematicamente estes erros e outros similares.
Que quer isto dizer? Obviamente que é o povo que faz a língua e de pouco serve ir chamando a atenção da juventude (e não só) para tais desmandos linguísticos.
Ao fim e ao cabo, rendo-me a essa fatalidade. A nossa língua muda, como todas, de acordo com os processos culturais, políticos, económicos, a que estamos sujeitos. A cultura do neo-liberalismo económico é uma cultura medíocre, pragmática e niveladora por baixo. Mas a língua portuguesa, com todos os trambolhões que vai levando, continua digna de ser amada e a nossa mais autêntica prosa de ficção, a nossa poesia de hoje são bem a expressão disso, se descontarmos, é evidente, o fenómeno passageiro da inflação de produtos light, meros actos de fala "invertebrados".


Urbano Tavares Rodrigues (1923)
Disponível em http://www.instituto-camoes.pt


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Minha Língua

Uma língua é o lugar donde se vê o Mundo e em que se traçam os limites do nosso pensar e sentir. Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar foi a da nossa inquietação.

Vergílio Ferreira (1916/1996)
Disponível em
http://cvc.instituto-camoes.pt

sábado, 24 de janeiro de 2009

Apresentação (p/o portefólio)


Os meus afectos ...

irmão, amigos, amores, poesia, trabalho, casa, gato, fotografia, arquitectura, tango e dragões.


Duas coisas que gosto em mim...

saber não fazer nada; gostar de estar sozinha; saber quem sou.


Os outros acham que eu sou… criativa; intempestiva; trabalhadora


Do que me orgulho:

do meu carácter


Momentos felizes...

os da minha infância em África, cabelo comprido para usar tranças, usar vestidos, dias de chuva, estar sozinha, estar com os outros, quando conduzem por mim, ser surpreendida, tagarelar...e dançar , dançar, dançar…


Não posso voltar a ...

ser orgulhosa...e falar demais vezes demais.


3 filmes que vi muitas vezes:

Um Chá no Deserto, do B. Bertolucci
Azul, Kievslosky
Saraband, I. Bergman


Livros importantes na minha vida...

todos os do Milan Kundera, Padre António Vieira, Virgínia Woolf e Ricoeur. E toda a poesia de Jorge Luís Borges.


Os meus heróis:

Surfista Prateado, Hulk, Horácio, Mandrake, Gato das Botas e Peter Pan (desde sempre) e agora… o Battousai.


Não gosto de ...

sentir frio, velocidade excessiva, ler o Livro do Desassossego, não saber onde tenho as chaves, jantares sentados e compridos e…pessoas sem histórias de vida.


Projectos futuros ...

ir para Buenos Aires este Verão, ter um cão, aprender mandarim, ser mais corajosa, ser magra, fazer mais tatuagens, ter um bar numa praia na Califórnia e saber dançar mais e melhor o tango argentino.


Colecciono...

cartas, carimbos, dragões, canetas de tinta permanente e pessoas que gostam de mim.

Frases (do António Lobo Antunes)

“Um livro mau o escritor escreve o que quer, um livro bom o escritor escreve o que ouve nas vozes”.

“Queria que os meus livros fossem um vírus que permanecesse nas pessoas”.

...

Surpresa: a gentileza das pessoas
Paraíso: não contar os tostões, ir para Buenos Aires e dançar o resto da vida.
Branco: de vestir, de dormir e de casar.
Linhas: de bordar e dos comboios
Limites: as nossas competências
Animal: gato
Janela: as japoneiras em Janeiro
Silêncio: gato em casa
Fantasma: da Ópera
Altura: arquitectura